Wednesday, June 01, 2005

Chama de uma Vida Apagada

As primeiras gotas beijaram
a minha face quando a
lembrança de uma janela,
me levou até um sofá
quente com uma ruga
disfarçada de poesia
e de criança

Os teus olhos teimavam
em não fixar a certeza do instante
mil vezes a terra é cavada
dando sempre os seus frutos,
Até ao momento em que
a lâmina se encosta dormitando
ferrugenta á espera de um nova
mão de ferreiro
que já não é a tua…

Vejo em ti uma chaga
aberta que não vai sarar,
os teus lençóis de lágrimas
estão presos á tua íris
como se uma fuga premeditada
se tratasse.
Escondes a evasão.
Libertar em ti o grito
Seria morrer.

Para todo o lado, onde a criança
sorrir, até a pétala cair.

Quando a minha mão se
transformou numa concha
de sal
A memória de uma velhinha de costas
de foice apareceu no ecran das lembranças
bem medido como as 50 gramas
de seu palmo

Quero ver-te sorrir
outra vez
libertando a mistura química
que te eleva ao plano mais intimo
Abraço de uma criança Amada.

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